Para começarmos o dia muuuuuuuuito bem já fomos para uma atividade fantástica, o mergulho na praia do forte! Lá cada um pode ter a sua experiência e ver diferentes animais a partir de como olhavam/procuravam pelo mar. Contarei sobre o que vi e a minha experiência!
 Já de início estava ansiosa em cima daqueles corais e vendo os pequenos peixinhos nadando dentre eles (apaixonante, né?), e, no momento que entramos na água, já estávamos cercados de peixes da especie Acanthurus triostegus que é um peixe bem comum de água salgada. Porém, não satisfeita, fui logo para o fundo pesquisar mais sobre cada centímetro do local, e de surpresa encontrei uma Moreia! As Moreias tem um corpo alongado e cilíndrico, e são peixes teleósteos (subclasse de peixes que inclui quase todas as formas de peixes ossificadas). Existem mais de 200 espécies em 5 gêneros, muitos achavam que Moreia era uma espécie apenas! Fazendo parte do grupo das enguias, elas têm o corpo semelhante ao de uma cobra (porém sem escamas), podendo chegar a 4 metros. Mas você deve estar se perguntando, como elas se protegem sem nada as revestindo? Simples! As moreias produzem e secretam uma mucosa composta por toxinas, além de suas cores serem feitas para camuflagem dentre os corais. Encontradas em todo litoral brasileiro, as Moreias são animais solitários e noturnos, que é a hora que vão em busca de comida (carnívoras), e durante o dia vivem em corais/rochas. Eu poderia passar o texto todo falando sobre elas, porém ainda tenho outras coisas que também são muito especiais! 
 Na praia do forte, encontramos uma imensa diversidade de algas, verdes, pardas, vermelhas... praticamente todas podem ser analisadas e vistas! Algumas até mudavam de cor em diferentes ângulos que a luz refletia. Porém, nunca são apenas algas, sempre tem algum serzinho por dentro! E foi onde encontrei uma “serpente” (na verdade é um tipo de peixe) e um pepino-do-mar. Infelizmente, não consegui achar o nome da “serpente” em específico, porém ela parecia pacífica e comportava-se de forma semelhante à Moreia, creio que podemos concluir algumas coisas disso. Já o pepino-do-mar tenho varias coisas para falar! Os pepinos-do-mar são parentes muito próximos dos ouriços-do-mar e das estrelas-do-mar. São de um grupo numeroso de 1250 espécies, e são bem antigos no fundo do mar! Cerca de 540 milhões de anos de evolução, já pensou?? 
 Para movimentação, possuem pés ambulacrários por toda superfície corporal (tipo umas ventosas para conseguirem se manter em um local fixo), consequentemente, possuem uma deslocação lenta com ajuda de seus movimentos corporais ondulatórios. Seu corpo pode ir de 1 cm a 5 cm, porém sua maturidade só vem a partir dos 5-8 anos (possuem um crescimento bem lento). E, por serem vítimas fáceis para os predadores, produzem toxinas para afastá-los e mantê-los protegidos. Dentre essas formas de defesas com toxinas, tem a evisceração de uma estrutura filamentosa repleta de toxinas que é ativada com um simples toque, mas, já que a evisceração causa grandes danos físicos ao pepino-do-mar, ele também possui um alto grau de regeneração. 
 Por fim, sinto que devo explicar sobre o ambiente que estávamos. Conhecemos uma parte do talassociclo, o biociclo das águas salgadas. Em média, em oceanos abertos, a salinidade da água é de 34 a 37%, e a iluminação vai diminuindo conforme sua profundidade, dessa forma, criando 3 zonas: zona eufótica (recebe luz diretamente; até 100 metros); zona disfótica (recebe luz difusa; até 300 metros); e zona afótica (não recebe luz; abaixo de 300 metros). Claro que estávamos na zona eufótica! Também temos os meios bioticos, sendo divididos em plâncton (fitoplâncton e zooplâncton); bentos (seres do fundo do mar, fixos ou móveis); e necton (animais livres natantes). 
 Infelizmente o mergulho acabou e tivemos que sair da água naquele friooo, mas sabíamos que ainda tínhamos um dia pela frente!

 

O próximo destino foi o pelourinho para aprendermos mais sobre o Castro Alves. Por expressar sua indignação a escravidão, denunciar tal crueldade e clamar pela liberdade, ele foi considerado “O Poeta dos Escravos”. 
Antônio Frederico de Castro Alves foi sem dúvidas a maior figura do romantismo.Suas obras apresentavam a beleza e a sedução do corpo da mulher, os problemas sociais da época em que viveu.
Em sua homenagem, uma estátua de bronze foi erguida em 20 de junho de 1923 na renomeada “Praça Castro Alves” que possui uma vista esplêndida para a Bahia de todos os Santos.
Para vocês entenderem a genialidade desse poeta, ai vai um lindo poema chamado :

                 Os Anjos da meia-noite.

Como o gênio da noite, que desata
O véu de rendas sobre a espádua nua,
Ela solta os cabelos... Bate a lua
Nas alvas dobras de um lençol de prata...

O seio virginal, que a mão recata,
Embalde o prende a mão... cresce, flutua...
Sonha a moça ao relento... Além na rua
Preludia um violão na serenata! ...

...Furtivos passos morrem ao lajedo...
Resvala a escada do balcão discreta
Matam lábios os beijos em segredo...

Afoga-me os suspiros, Marieta!
Ó surpresa! ó palor! ó pranto! ó medo!
Ai! noites de Romeu e Julieta! ...

Por estar muito escuro, não conseguimos ver direito a prefeitura e observar a baixa salvador. Logo, voltamos para o hotel e nos preparamos para o Sarau.
Depois de passar no hotel, fomos a Domino’s Pizza aproveitar nosso sarau. Em meio de muitas risadas e declamações de poemas, conseguimos aproveitar nossa última noite na primeira capital do Brasil e voltamos para o hotel